30.10.14

Líder do PSB diz que proposta de diálogo "não é sincera"

O deputado federal Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara, afirmou nesta quarta-feira (29) que não é sincera a disposição da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) de dialogar com todas as forças políticas. "Se fosse para pedir desculpas pelas mentiras e calúnias, pelas inverdades que foram desferidas a nós ao longo da campanha, até valeria a pena sentar e conversar, mas não acredito que seja sincero por parte da Dilma esse tipo de manifestação. Acho que ela tem de tratar de governar com seus aliados e cumprir as suas tarefas", afirmou em entrevista, antes de participar de reunião do diretório estadual do PSB, na capital gaúcha. Na ocasião, ele foi presidente do PSB gaúcho.

O deputado gaúcho, que foi candidato a vice na chapa de Marina Silva, é o atual líder do seu partido na Câmara, mas ficará sem mandato a partir de janeiro. Provavelmente, participará da administração do governador eleito no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), aliado do PSB no Estado.

Beto se disse surpreso pela informação de que o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estaria entre os nomes defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Ministério da Fazenda no novo mandato de Dilma, conforme reportagens publicadas nos últimos dias. "Afinal, éramos nós que tínhamos a proposta de entregar o governo aos bancos? Ou é o PT que depois da eleição volta a se encontrar com os bancos, que foram os que mais ganharam dinheiro ao longo dos 12 anos de governo petista", questionou.

De acordo com o parlamentar, não faz sentido pensar em uma proposta de diálogo com um partido que muda de opinião "tão rapidamente". Beto reforçou que, nos próximos quatro anos, o PSB fará oposição com a cara do partido. "Não vamos misturar o nosso movimento de oposição ao PSDB, ao DEM, que têm um outro propósito, embora tenham recebido nosso apoio no segundo turno. Fôssemos iguais e pensássemos iguais, teríamos estado juntos no primeiro turno", explicou.

Segundo Beto, a oposição do PSB será crítica, mas não raivosa. "Nossa oposição será propositiva. Vamos fiscalizar do início ao fim o governo da Dilma, nas suas promessas e projetos, e queremos independência para isso", falou.

Beto também revelou que vê com naturalidade o fato de Marina ter reafirmado sua intenção de criar a Rede Sustentabilidade, já que sempre se soube que seu ingresso no PSB seria passageiro. O discurso segue o mesmo tom da postura adotada por outras lideranças do PSB. "Não há nenhum constrangimento. Se o desejo dela for realmente fazer a Rede, lhe desejamos sucesso", disse o deputado, antes de completar: "Mas quero reiterar que o PSB vai se manter na oposição porque quer ter candidato próprio em 2018 à Presidência da República. Vamos manter essa nossa linha iniciada por Eduardo Campos em 2014."

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/10/29/interna_politica,539573/lider-do-psb-diz-que-proposta-de-dialogo-nao-e-sincera.shtml

Contra PT, PSDB estuda apoio ao PSB na disputa pelo comando da Câmara

Deputado mineiro pretende concorrer como 3ª via em disputa que deve colocar petistas e peemedebistas em lados opostos. Movimentação gerou reação do grupo de Eduardo Cunha (PMDB), que já deu início à articulação para disputar o cargo

Partidos da oposição estiveram em contato com o pré-candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Julio Delgado (PSB-MG), para iniciar conversas sobre eventual apoio ao socialista na disputa do ano que vem. A presidência da Câmara é um posto estratégico, já que seu ocupante controla a pauta de votações na Casa. A oposição quer encontrar uma alternativa viável para derrotar o PT nessa disputa. O partido da presidente Dilma Rousseff ainda não fechou o nome que deverá concorrer ao cargo. Marco Maia (RS) e Arlindo Chinaglia (SP) são atualmente os mais cotados para defender as cores do PT.
Delgado já disputou a presidência da Câmara em 2013, quando acabou derrotado por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que concorreu com o apoio do Palácio do Planalto. Foi uma espécie de anticandidatura para enfrentar o governo e sua base e recebeu 165 votos. Alves levou a fatura ao conquistar 271 votos. Desta vez, aproveitado o desejo do PT em retomar o posto, pretende se apresentar como terceira via.
Delgado tem feito articulações nos bastidores ao lado do presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Ricardo Izar (PSD-SP). Izar tem admitido a aliados a possibilidade de não disputar novo mandato para a presidência do Conselho de Ética e formar uma chapa conjunta com o deputado socialista. A dupla trabalha inclusive para obter votos na bancada do PMDB. O eventual apoio do bloco de oposição poderia significar um aporte nada desprezível. O bloco de oposição composto por PSDB, PMN, SDD, DEM e PPS reúnem 104 deputados.
Para esse grupo, aderir à candidatura de Delgado não significa mudar de lado, já que durante o segundo turno da disputa presidencial o PSB apoiou Aécio Neves (PSDB-MG). Antes, já havia deixado a base da presidente Dilma para viabilizar o lançamento da candidatura de Eduardo Campos, morto num acidente aéreo no dia 13 de agosto, em Santos, litoral Sul de São Paulo. Por isso mesmo, a eventual adesão ao nome de Delgado é algo visto como natural. Outros partidos com ligações cordiais com o grupo de oposição, como o PV, poderiam embarcar, aumentando o volume de votos para o socialista.
Reação
Esse movimento da oposição rumo a Delgado gerou uma reação de outro concorrente de peso. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) esteve em contato com o grupo de oposição para falar sobre sua candidatura e sobre o eventual apoio. Recebeu como resposta uma fala de apoio: o alvo da oposição é derrubar o PT. Os oposicionistas estudam qual a melhor alternativa para impedir que o partido da presidente fique com o comando da Casa e controle a pauta pelos próximos dois anos.
Nesta quarta-feira, durante reunião da bancada, Cunha recebeu sinal verde de seus correligionários para mergulhar de cabeça na campanha, inclusive buscando apoios para a formação de um bloco que viabilize seu nome para o comando da Casa. A iniciativa do PMDB interrompe o acordo de rodízio para a presidência da Câmara, em que PT e PMDB se revezem no comando da Casa. O PMDB argumenta que o resultado da eleição presidencial justificaria a quebra do acordo ao sinalizar um desejo da população em evitar uma hegemonia do PT na gestão federal. Por sua vez, o PT rebate afirmando que, por ter a maior bancada, tem a prerrogativa de escolher o presidente.
Governo
Por enquanto, o Planalto acompanha as movimentações para a definição da presidência da Câmara a distância. No momento, acredita que é preciso aguardar a cristalização das candidaturas para definir sua atuação neste embate. Num aspecto já deixou sua posição fechada, não quer cair nas provocações de Cunha e de seu grupo, contrário à aliança entre PMDB e PT. Não pretende mandar recado e tão pouco bater boca pela imprensa. Cunha tem defendido também a criação de uma nova CPI na próxima legislatura para apurar denúncias de desvios na Petrobras
Nesse embate, mesmo a posição do vice-presidente da República, Michel Temer, principal aliado do governo no PMDB, não deverá exercer tanta influência. O PMDB da Câmara, visto como rebelde em sua maioria, teria pouca sensibilidade às investidas de Temer. Além disso, o governo avalia que Cunha mira a presidência da Câmara, mas também pressiona para conseguir o controle de ministérios importantes na reforma prevista para o início do segundo mandato da presidente Dilma, como o controle da Agricultura, por exemplo, pela qual disputa internamente no PMDB com a senadora Kátia Abreu (TO).

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-10-30/contra-pt-psdb-estuda-apoio-ao-psb-na-disputa-pelo-comando-da-camara.html

Novo membro da executiva estadual do PSB, João Campos garante não ter "pretenções eleitorais"

Na reunião em que a executiva estadual do PSB está renovando sua diretoria, na noite desta terça-feira (28), João Campos, filho do falecido ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, comentou sobre a responsabilidade que está assumindo ao integrar a executiva estadual. “A gente quer aproximar mais a sociedade do partido. Organizar cursos, congressos de juventude e demais segmentos no interior do estado, buscar novas lideranças, buscar interiorizar o partido, tudo isso é uma terefa que não cabe só a mim, mas a todos os companheiros da executiva”, explicou.

João Campos garantiu que não está visando com isso as eleições municipais de 2016. “Não vejo isso com nenhuma pretensão eleitoral ou política. Eu simplesmente sempre trabalhei em favor do PSB, em favor do projeto do nosso grupo em diversas campanhas”, concluiu. João ocupará o cargo de secretário de organização na chapa de situação da legenda após participar ativamente da campanha eleitoral desde a morte do pai.

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/10/28/interna_politica,539297/novo-membro-da-executiva-estadual-do-psb-joao-campos-garante-nao-ter-pretencoes-eleitorais.shtml

Deputados dizem que PSB deixou Marina "à vontade"

Líderes do PSB na Câmara dos Deputados afirmaram que o partido está à disposição para que Marina Silva continue como filiada até o momento em que achar conveniente. Nesta terça-feira (28) a candidata derrotada do PSB à Presidência da República divulgou nota em que nega a intenção de abandonar os planos de criar a Rede Sustentabilidade.

"Ela fica o tempo que quiser no PSB", disse o líder da bancada, deputado Beto Albuquerque (RS), que foi seu vice de chapa na disputa presidencial. "Todos gostaríamos que ela ficasse", emendou.

Embora ressaltem que nenhuma promessa foi feita para convencê-la a continuar na legenda, os que defendem a permanência de Marina no PSB lembram das dificuldades de se criar um novo partido junto à Justiça Eleitoral. Se conseguir o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Rede não terá num primeiro momento acesso aos recursos do fundo partidário ou direito a tempo de TV. "As condições para criar a Rede são cada vez mais difíceis", comentou um pessebista.


O deputado e presidente do diretório mineiro, Júlio Delgado, afirmou que o partido deixou Marina "à vontade" para definir seu futuro político. "Se ela resolver ficar, é muito bem-vinda", declarou.

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/10/28/interna_politica,539254/deputados-dizem-que-psb-deixou-marina-a-vontade.shtml

PSB: Oposição de esquerda

Os socialistas vão se manter na oposição ao governo Dilma, mas não querem se confundir nem serem caudatários do PSDB. O partido está começando a debater sua posição. Mas seu presidente, Carlos Siqueira, antecipa: “Não somos governo. Isso não significa oposição sistemática. Nossa posição não será dessa natureza, nem se confundirá com ela. Há abertura para o diálogo”. O partido terá 34 deputados e sete senadores.

O PSOL pode atuar ao lado do PSB no Congresso se os socialistas fizerem oposição de esquerda. O deputado Chico Alencar (RJ) diz que há espaço para uma oposição que não seja a “conservadora e neoliberal, liderada pelo tucanato”.


FONTE: Coluna do Ilimar Franco, O Globo, 28 de outubro de 2014, página 2;  O Globo, 29 de outubro de 2014, página 2.

28.10.14

PSB e Rede começam a definir o futuro - PSB segue à esquerda

Passado o período de uma das mais acirradas e discutidas eleições, os partidos que fazem oposição ao PT já começam a se articular para definir o futuro das siglas.

Para Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, o resultado eleitoral ocorreu dentro do esperado. Ele diz que os socialistas estão entre os 7 partidos que romperam os índice dos 5% em eleições e vão seguir se estruturando.
"As metas que estabelecemos foram alcançadas. Estamos entre os 7 partidos que romperam a faixa dos 5% pela terceira vez seguida. Tivemos uma visibilidade muito grande com Eduardo Campos e depois com Marina, mas sabemos que ela é da Rede", disse.
O socialista explica que o partido irá definir sua atuação nas próximas eleições a partir de janeiro e adianta que primeiro vão escutar as lideranças estaduais, as bancadas eleitas e assim definir estratégias com a executiva nacional.
Ele argumenta que o partido será oposição à esquerda, mesmo que tenha se aliado a setores conservadores.
"O que houve na sequência é que íamos apoiar o Aécio e estabelecemos exceções que foi no Amapá e na Paraíba [no Amapá o partido coligava com o PT e na Paraíba disputava contra o PSDB]. Saímos do governo há quase 10 anos e não vamos nos conduzir como oposição conservadora. Temos que nos identificar como um partido de esquerda", analisou.
Quanto aos rumores de fusão com o PPS de Roberto Freire, Siqueira foi incisivo e disse que o PSB não pretende se fundir a qualquer partido.
"As negociações não estão progredindo. Talvez vamos formar bloco com alguns partidos, mas sem fusão", concluiu.
Rede fará reuniões
O porta voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, voltou a afirmar que a Rede seguirá seu processo de criação. Feldman acredita que nessa semana a Rede defina um calendário e a partir da próxima semana se organize no processo de registro ao TSE.
Questionado sobre a opinião de Alfredo Sirkis (PSB-RJ), que é próximo à Marina, de deixar a Rede como está, sem sua transformação em partido, Feldman diz que a tendência majoritária no grupo é virar partido e participar do debate político por dentro.
"A Rede tem essa característica de abrir o debate. O objetivo da Rede é disputar o processo político, concorrer por dentro, não apenas nos debates. A manifestação do Sirkis é uma opinião, mas há uma tendência majoritária ao partido", explicou.
FONTE: http://www.dci.com.br/politica/psdb,-psb-e-rede-comecam-a-definir-o-futuro-id423501.html

PSB se enfraquece em Pernambuco e neta de Arraes ganha força

Família de Eduardo Campos prometeu vitória para Aécio Neves, mas Dilma Rousseff venceu com larga margem no Estado


PSB do ex-governador Eduardo Campos fica enfraquecido em Pernambuco depois da vitória expressiva da presidenta Dilma Rousseff, no último domingo (26), no Estado. No primeiro turno, o partido comemorou a eleição de Paulo Câmara ao governo e de Fernando Bezerra ao Senado. Ambos estavam bem atrás quando Campos ainda era vivo e viraram a disputa de forma surpreendente. A derrota do PT no dia 6 foi enorme. O partido não conseguiu eleger sequer um deputado federal. Com o apoio da família Campos, Aécio Neves considerava Pernambuco um Estado fundamental para fincar um pé no Nordeste, maior reduto de Dilma. A estratégia foi fragorosamente derrotada. Dilma venceu Aécio no Estado por 71% a 29%. Em Recife, a petista alcançou 60% contra 40% do candidato tucano.

Com esse resultado, emerge uma nova líder no PSB: a vereadora recifense Marília Arraes. Também neta do ex-governador Miguel Arraes, Marília rompeu com o primo Eduardo, pouco antes de sua morte, em agosto. Ela havia se rebelado contra a indicação do novo líder da Juventude do PSB em Pernambuco, João Campos, filho de Eduardo. E retirou sua candidatura à Câmara dos Deputados pelo partido.

Marília, então, passou a apoiar Dilma e Armando Monteiro (PTB) ao governo de Pernambucano. Depois da morte de Eduardo, foi impedida por familiares do ex-governador de participar até de seu velório. Com a eleição de Paulo Câmara (PSB) ao governo, ficou isolada. Agora com a vitória de Dilma, Marília ganhou força. Foi ovacionada por petistas na festa da vitória, no Marco Zero de Recife, anteontem. Passa a ser o nome do PSB local com mais trânsito com Dilma e os petistas.

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26.10.14

Nota de agradecimento de Rodrigo Rollemberg, governador eleito do Distrito Federal

"Rodrigo, prepare-se: você será governador do Distrito Federal." Essa foi a última frase que o meu amigo, companheiro, e líder insubstituível Eduardo Campos me fez na noite anterior ao acidente que o vitimou. A afirmação ficou martelando um bom tempo na minha cabeça e voltou com toda força no dia de hoje. Neste momento, não poderia deixar de render uma justa homenagem ao meu amigo. Senti muita falta da sua companhia e dos seus conselhos nesta caminhada vitoriosa.

Fui eleito para a maior missão de minha vida. Estou profundamente emocionado, quase sem palavras. Quero agradecer todo apoio que recebi durante essa campanha. Quero agradecer também pela confiança dos brasilienses que me honraram com a sua declaração de voto. Por onde passei, fui recebido com muito carinho. Minha equipe foi sensacional e sempre acreditou nesse sonho que virou realidade. Eles sabiam que era possível mudar!
A vontade de fazer mais por Brasília é permanente e foi há mais ou menos um ano e meio que começamos a construir o nosso plano de governo junto com a população. Ouvimos especialistas e mais de 2 mil pessoas. Tenho a convicção de que a grande sabedoria de um governador é saber ouvir. E é assim que vamos governar: escutando e trocando ideias. Vamos estabelecer um diálogo, permanente, aberto e franco com todos.
Estou convencido de que um governador que faz isso pode acertar muito mais. Se depender do meu empenho, Brasília voltará a ser exemplo de políticas públicas modernas, ousadas e inovadoras. Me preparei para isso. Se fosse para fazer mais do mesmo, não me colocaria como candidato a governador.
Peço a Deus que me dê proteção, discernimento e inspiração para seguir firme nessa nova jornada. Darei o melhor de mim para sempre estar à altura da confiança de toda a nossa gente. Muito obrigado e vamos em frente!

FONTE: Página oficial do candidato no Facebook

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Ricardo Coutinho, do PSB, é reeleito governador da Paraíba

O governador Ricardo Coutinho (PSB) foi reeleito para governar a Paraíba por mais quatro anos neste domingo (26). A apuração terminou por volta das 20h (horário local) e o socialista recebeu 1.125.956 votos, o que representa 52,61% dos votos válidos, contra 1.014.393 votos para Cássio Cunha Lima (PSDB), que alcançou 47,39%. Os votos nulos e brancos representaram 7,93% do total e foi registrado 18% de abstenção no estado. 

Quando 89% dos votos tinham sido apurados, às 18h20 (horário local), Cássio deixou Campina Grande para voltar para sua casa em João Pessoa e anunciou que só se pronunciaria sobre o resultado na tarde segunda-feira (27), em coletiva na Asplan.
No primeiro turno, a diferença entre os dois foi de apenas 1,39 ponto percentual (o que equivale a 28.388 votos), com Cássio registrando 47,44% dos votos válidos (um total de 965.397) e Ricardo, 46,05% (o equivalente a 937.009).
Com a reeleição de Ricardo Coutinho, o PSB dá continuidade à gestão que teve início em 2011. As pesquisas de intenção de voto neste segundo turno antecipavam um quadro equilibrado, com empate técnico até nos dados divulgados no sábado (25), quando o Ibope indicou Ricardo com 53% e Cássio com 47%, com margem de erro de 3 pontos percentuais.
O socialista de 53 anos nasceu em João Pessoa e é formado em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele iniciou a carreira política nos movimentos estudantis e sindicais, passando pelo Centro Acadêmico do curso de Farmácia, pelo Sindicato dos Farmacêuticos, pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado (SindSaúde), pela Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) e pelo Sindicato dos Funcionários da UFPB.
Filiado ao PT, foi candidato a deputado estadual em 1990, mas não conseguiu a vaga, ficando apenas na suplência. Dois anos depois, foi eleito vereador de João Pessoa.
Ele ainda tentou novamente uma vaga na Assembleia Legislativa em 1994, mas ficou na suplência mais uma vez. Em 1996, foi reeleito para o cargo de vereador.
Em seguida, em 1998, foi candidato novamente ao cargo de deputado estadual, sendo que, dessa vez, foi eleito, se reelegendo em 2002. Em 2003, foi expulso do PT e se filiou ao PSB, partido em que permanece até hoje.
No novo partido, se candidatou ao cargo de prefeito de João Pessoa, em 2004, e venceu logo no primeiro turno. Em 2008, foi reeleito, mas renunciou ao cargo para tentar ser governador da Paraíba. Aliado a Cássio Cunha Lima, ele derrotou José Maranhão no pleito e tomou posse no Governo.
FONTE: http://g1.globo.com/pb/paraiba/eleicoes/2014/noticia/2014/10/ricardo-coutinho-do-psb-e-reeleito-governador-da-paraiba.html

Rodrigo Rollemberg, do PSB, é eleito governador do Distrito Federal

Rodrigo Rollemberg, do PSB, é o novo governador do Distrito Federal. O resultado foi anunciado às 17h37 deste domingo pelo Tribunal Superior Eleitoral, com 93% das urnas apuradas. Rollemberg registrava 55,56% dos votos válidos, contra 44,44% de Jofran Frejat (PR), que não poderia mais alcançá-lo. O percentual se manteve até o fim da apuração.

Com o resultado, Rollemberg foi o primeiro governador eleito no segundo turno. Veja aqui a apuração dos votos no DF.

Ao todo, Rollemberg teve 812.036 votos, contra 649.587 de Frejat. Às 18h29, o DF já tinha 100% das urnas apuradas.
Rollemberg acompanhou a apuração dos votos junto com a família, no apartamento da mãe dele, na Asa Sul, em Brasília. O G1 registrou o momento em que ele matematicamente venceu a disputa: crianças que estavam na varanda do apartamento começaram a cantar e pular (veja o vídeo abaixo).
""Tenho convicção de que não sou o salvador da pátria, mas que com o apoio da população vamos resgatar o sonho de JK”, afirmou Rollemberg, após o anúncio do resultado. Ele disse que vai assumir com governo em situação difícil, com déficit de R$ 2,1 bilhões.
"A situação do DF é realmente muito difícil. Existe um déficit já assumido pelo atual governo e publicado no Diário Oficial de R$ 2,1 bilhões. Nós vamos estudar agora com a transição, tendo acesso a todos os dados do DF, quais são as medidas que nos permitirão equilibrar financeiramente o DF", afirmou Rollemberg após o anúncio do resultado. O governo nega a existência da dívida.
O novo governador também afirmou que vai atuar no “combate à burocracia e à corrupção” e não descartou apoio de nenhum partido, desde que aceitem o programa de governo dele. “Nós não vamos lotear o nosso governo”, declarou. “[Queria] Lembrar com muito carinho e muita saudade de algumas pessoas. [...] De Miguel Arraes, que foi um mestre para nós, e de Eduardo Campos, que morreu tragicamente nesta caminhada e que é um grande amigo.”
O vice-governador será Renato Santana, que já foi administrador regional de Ceilândia e secretário de Governo. Santana é secretário-geral do PSD no DF.
Foi a segunda disputa de Rollemberg ao governo da capital. Em 2002, o candidato conseguiu apenas 6,79% e ficou na quarta colocação – o pleito foi vencido por Joaquim Roriz.
 
Rollemberg assumiu a liderança da disputa para o Palácio do Buriti na reta final do primeiro turno, após a renúncia da candidatura de José Roberto Arruda (PR), que não conseguiu reverter a condenação por improbidade que o deixou na condição de ficha suja. A condenação se deu por conta da participação dele no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.

No primeiro turno, Rollemberg atingiu 45,23% dos votos e disputou todo o segundo à frente nas pesquisas de intenção de voto.
A disputa inicial envolvia seis candidatos. Além de Rollemberg e Frejat, tentavam a eleição o atual governador Agnelo Queiroz (PT), Luiz Pitiman (PSDB), Toninho (PSOL) e Perci Marrara (PCO).

Entre as propostas do governador eleito estão a adoção do turno integral em todas as escolas públicas, a redução do número de secretarias de governo, a implantação do bilhete único para transporte coletivo e a escolha de administradores regionais por meio de eleição. Ele também defende uma gestão baseada na estipulação de metas e no acompanhamento de resultados.

FONTE:
http://g1.globo.com/distrito-federal/eleicoes/2014/noticia/2014/10/rodrigo-rollemberg-do-psb-e-eleito-governador-do-distrito-federal.html

24.10.14

AO LADO DE ROLLEMBERG, MARINA ATACA VALE TUDO



Em evento de campanha de Rodrigo Rollemberg, candidato do PSB  ao governo do Distrito Federal, a candidata derrotada à Presidência da República, Marina Silva  (PSB) criticou o "vale-tudo" na política e a tentativa de "divisão"do eleitorado na campanha deste ano.
Sem citar os adversários, Marina atacou a estratégia de divulgação de mentiras e a tentativa de desconstrução dos candidatos.
"É preferível perder ganhando do que ganhar perdendo. Existem pessoas que podem até ganhar, mas ganham perdendo. E sabe quando se ganha perdendo? É quando para ganhar se rendem a lógica de que os fins justificam os meios, de que vale-tudo, mentir, desconstruir, atacar, fazer qualquer coisa", discursou a ex-presidenciável.
Marina atacou o "totalitarismo" que, segundo ela, tenta acabar com a diversidade cultural e busca transformar grupos em blocos homogêneos do "nós contra eles".
"Espero que essa tentativa do País ser um país dividido entre nós e eles não nos leve para a insustentabilidade das relações entre nós", declarou.
A ex-candidata - que discursou na praça onde em 1997 o índio Galdino Jesus dos Santos foi assassinado em Brasília - também criticou a ausência de políticas para demarcação de terras indígenas, condenou os que acreditam que "não há lugar no País para índios" e defendeu que a política deve ser feita com "generosidade".
Marina atacou o crescimento do desmatamento no Brasil.
A um grupo de apoiadores de Rollemberg, Marina disse que é possível fazer política "com decência" e defendeu que a sociedade se junte para acabar com a corrupção. Segundo a ex-candidata, a escravidão e a ditadura só puderam ser vencidas quando os brasileiros se uniram.
"Enquanto o problema da corrupção for apenas dos governos, nós vamos ter corrupção feia. A corrupção precisa virar um problema de todos os brasileiros e brasileiras", pregou.

FONTE: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ao-lado-de-rollemberg-marina-ataca-vale-tudo

23.10.14

A Refundação do PSB (1985/1989) II




Habilitado o PSB participa com alguns candidatos próprios às eleições municipais nas capitais e apóia candidatos progressistas e de esquerda. 

Como Saturnino Braga (PDT) venceu as eleições para prefeito do Rio de Janeiro, sua cadeira no senado será ocupada pelo suplente, Jamil Haddad, em março de 1987. 

Em maio, a Convenção dos fundadores elege como Presidente da Comissão Diretora Nacional, Jamil Haddad e como Secretário Geral, Roberto Amaral. 

O gabinete do senador vai se combinar com o gabinete de liderança do PSB, oferecendo condições para a organização das comissões municipais e estaduais e para as publicações que discutem as idéias do partido. Da tribuna, Jamil expõe suas concepções e projetos e apresenta o PSB ao país. 

Em 1987 o partido tem seu registro provisório e solicita registro definitivo. 

No Primeiro Congresso Nacional, em Outubro de 1987, o PSB passa a ter identidade. É oposição ao governo Sarney, tem 10 metas imediatas que vão da reforma agrária à socialização dos setores essenciais, do ensino público e gratuito em todos os níveis ao direito irrestrito de greve, liberdade sindical e jornada máxima de 40 horas semanais. 

Definem: “Que socialismo queremos”: 

“ Socialismo é sinônimo de uma sociedade que aboliu a propriedade privada capitalista dos meios de produção, os quais passam a ser propriedade cooperativas ou coletivas dos criadores das riquezas, os trabalhadores. 

Apresentam: “ Que partido queremos”: 

É socialista, com compromisso revolucionário e democrático, com filiado militante, sem lideranças privilegiadas, enraizado no movimento social e sindical e atuação parlamentar como consequência da organização dos trabalhadores e todo o povo. 

Em o “PSB e o movimento social” tornam-se princípios: 

Respeito à independência e autonomia e às decisões de congressos das categorias. 
Formação de colegiados de deliberação 
Recusa da prática do paralelismo 
Estímulo à solidariedade entre os movimentos sociais. 

Em julho de 1988 é aprovado pelo TSE o registro definitivo. A organização partidária traz crescimento e atrai parlamentares que concordam com as idéias definidas pelo Partido. Há um grande trabalho na Constituinte. Inicialmente, o PSB contava apenas com o Senador Jamil Haddad (RJ) e a deputada Beth Azize (AM) . Aliam-se aos setores progressistas e de esquerda. Aos poucos Abigail Feitosa (BA), José Carlos Sabóia (MA), Raquel Capiberibe (AP), Ademir Andrade (PA), José Luis Guedes (MG), entram para o PSB e formam uma bancada pequena, mas de grande qualidade. Só Jamil apresentou 123 sugestões na primeira fase, todas ligadas aos princípios partidários e necessidades da população como: reforma agrária, possibilidade de ação popular, punição exemplar à tortura. Das 536 emendas que apresentou posteriormente, 114 foram aprovadas. 

A Constituição Cidadã, aprovada em outubro de 1988, coroa o esforço inicial do PSB refundado 

Em 1989, o PSB vai solicitar a intervenção federal no Pará, para enfrentar a violência de assassinos de trabalhadores e lideranças parlamentares, entre elas o deputado estadual José Carlos Batista e o vereador Manoel Cardoso de Almeida do PSB. A impunidade é completa. 

Na campanha eleitoral o PSB tem participação decisiva. Dois anos antes da formação da Frente Brasil Popular, o PSB já fizera a proposta. Depois de muitas negociações, são escolhidos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República e José Paulo Bisol, senador pelo Rio Grande do Sul, que se transferiu para o PSB, para vice Presidente. Participou também o PC do B . A campanha desperta grande entusiasmo e as pesquisas apontam crescimento constante. Collor vence o primeiro turno e Lula fica em segundo lugar. O PSB participa das articulações que ampliam a frente para o segundo turno com o PDT, PSDB, PV, progressistas do PMDB e lideranças do movimento social. O governador de Pernambuco, Miguel Arraes, apóia Lula no 2º turno. No comício final, na Candelária, fica junto com o presidente do PSB, Jamil Haddad e o secretário geral, Roberto Amaral.

A Refundação do PSB (1985/1989)



 A Refundação do PSB (1985/1989) 

Conquistada a democracia em 1985, articula-se no Rio de Janeiro, um grupo de professores e estudantes universitários para organizar um partido socialista. Para resistir e vencer a ditadura, a sociedade civil desenvolveu inúmeras lutas. Organizou as associações de bairro, as comunidades eclesiais de base e principalmente a “Campanha pelas diretas”, que criaram um tecido social mais amplo para a participação política. 

Para obter a habilitação do PSB foram procurados remanescentes da antiga Esquerda Democrática como Joel Silveira, Rubem Braga, Jader de Carvalho e Evandro Lins e Silva que concordaram em assinar o manifesto de reorganização. O escritório de Evandro, na avenida Rio Branco, tornou-se a sede das reuniões semanais. 

No dia 2 de julho ocorre a reunião de “refundação” do PSB. O manifesto apresenta o mesmo programa e estatuto do período 1947/65. Com os mesmos propósitos socialistas e democráticos, mostram que,40 anos depois, as mesmas formas de exploração persistiam, agravadas pela brutalidade da ditadura militar. Apontam a necessidade de trabalhar também contra a discriminação racial, opressão às minorias, às mulheres e crianças, violências contra culturas alternativas, degradação da qualidade de vida, depredação do meio ambiente, e genocídio de nações indígenas. Propõe uma cidadania ativa,a incorporação de novos direitos sociais, democratização dos meios de comunicação e defesa da soberania nacional. Em conclusão: descentralização completa do poder em uma economia gradativamente socializada. A Comissão Diretora Nacional terá Antônio Houaiss como presidente e como membros: Marcello Cerqueira, Roberto Amaral, Evandro Lins e Silva, Jamil Haddad, Joel Silveira, Rubem Braga e Evaristo de Moraes Filho. Entre os que assinam a Ata de Reorganização vamos encontrar também professores e pesquisadores respeitados hoje como César Guimarães, Wanderlei Guilherme dos Santos e Eli Diniz. Está também o estudante Cláudio Besserman Vianna, que vai se tornar o admirado humorista Bussunda(*1962 /+2006).

22.10.14

Segundo turno deve consolidar encolhimento do PSB em nível nacional

Em sua coluna dessa segunda-feira (20), no site do UOL, o jornalista Fernando Rodrigues fala do encolhimento do PSB na eleição majoritária, um paradoxo se comparado ao crescimento de 46% nas eleições de 2010. Para o colunista, o segundo turno vai consolidar o encolhimento do partido no tabuleiro político brasileiro. 
Hoje o partido governa cinco Estados, inclusive o Espírito Santo, mas ao fim do processo eleitoral deve manter apenas duas ou três unidades federativas. O partido que vinha sendo cotado para dar sequência ao projeto da esquerda no País, com o esgotamento natural do ciclo d PT, sai achatado das eleições deste ano. 
Mas a partir da precipitação do partido que lançou a candidatura de Eduardo Campos, uma série de situações se repetiu nos Estados. No Espírito Santo não foi diferente. Para os meios políticos, o governador Renato Casagrande, que vinha mantendo uma posição de neutralidade, na tentativa de atrair o PT ou o PSDB para seu palanque, anunciou antecipadamente seu apoio à candidatura de Eduardo Campos (PSB), o que prejudicou sua movimentação entre lideranças do Estado.
Com a derrota de Marina Silva, o governador Renato Casagrande seguiu a linha de seu grupo dentro do partido e declarou apoio a Aécio Neves, assim como seu adversário, Paulo Hartung (PMDB), o que não cria o contraponto e não fortalece o governador em fim de mandato.
Posição diferente teve seu colega de partido na Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que conseguiu uma virada na disputa estadual contra o tucano Cassio Cunha Lima. Mesmo sendo do PSB, Coutinho declarou apoio à reeleição da presidente Dilma, criando assim um espaço para a disputa no segundo turno. 
Este encolhimento é mais um desafio que deve levar as lideranças do PSB à reflexão até 2018. O partido, que saiu menor da eleição vai ter que buscar um espaço de discussão para tentar se reerguer politicamente e credenciar às próximas disputas. 
Neste sentido, o papel do governador Renato Casagrande, recentemente reconduzido à Secretaria–geral do partido, também passa pela recomposição do capital político do PSB.

Fonte: http://seculodiario.com.br/19425/8/segundo-turno-deve-consolidar-encolhimento-do-psb-em-nivel-nacional-1

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PSB apoia Aécio, porém mostra simpatia por Dilma

inhados às orientações do partido em níveis nacional e estadual, os diretórios do PSB no Grande ABC indicaram apoio ao candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). Porém, em Diadema e Mauá, a adesão ao tucano foi firmada com pesar, já que dirigentes não escondem que a preferência era pela presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição.
O presidente da legenda em Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, disse estar respeitando as orientações do PSB, porém, revelou ser simpatizante de Dilma. “Nunca desacatei a posição do partido. Minha preferência pessoal, sem dúvida, é a Dilma, mas estou apoiando o Aécio. Sou político partidário, tem de respeitar a sua casa”, afirmou Adelson, concluindo que não vai influenciar na decisão de seus correligionários. “Não vou punir nenhum militante do PSB que apoie Dilma, até por contexto histórico. O PSB, junto com o ex-presidente Lula, ajudou a mudar o País.”
Perguntado se iria seguir a suas preferências e votar na petista, o presidente do PSB em Diadema desconversou. “Não é porque gosto da minha mãe que vou votar nela.”
Outro que não parece ter gostado da decisão do PSB foi o presidente da legenda em Mauá, Carlos Wilson Tomaz. Ele é secretário municipal de Segurança Pública do governo mauaense de Donisete Braga (PT), que apoia Dilma. “Estamos seguindo as instruções dos diretórios nacional e estadual”, se resumiu.
Perguntado se não seria contraditório estar trabalhando em um governo petista, da base de Dilma, e apoiando Aécio, Tomaz se sentiu desconfortável e apenas falou que os fatos “são coisas diferentes”.
Nos dois maiores colégios eleitorais do Grande ABC, o PSB aderiu integralmente à campanha de Aécio.
Em São Bernardo, o vereador Antonio Cabrera (PSB), vestiu a camisa do tucano e embarcou na campanha. “Já estive com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fazendo campanha para o Aécio (ato ocorrido no domingo, no Jardim Silvina, em São Bernardo). Estou respeitando o partido e, ao mesmotempo, apoiando a nossa região, que mostrou estar querendo mudanças. Acho importante ter alternância no poder. Sem falar mal de ninguém, mas é sempre bom mudar”, opinou.
Já em Santo André, o vereador Almir Cicote (PSB), que foi candidato a deputado estadual, já havia demonstrado que faria oposição a Dilma Rousseff (PT) logo depois do primeiro turno. À ocasião, Cicote, falou que não daria para apoiar quem “usou de todos os tipos de baixarias para atacar a candidata (à Presidência da República) Marina (Silva, PSB) e que durante o processo eleitoral em Santo André o castigou tanto”. 
Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1011133/psb-apoia-aecio-porem-mostra-simpatia-por-dilma?referencia=minuto-a-minuto-topo

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21.10.14

PSB-BA explica por que apoia Dilma e critica PT e PSDB



Três dias após ter anunciado apoio à presidenciável Dilma Rousseff (PT), a senadora Lídice da Mata (PSB), derrotada nas eleições para o governo do Estado, publicou na página dela no facebook um texto intitulado Conclamação aos socialistas. No documento, postado na noite da última segunda-feira, 13, e assinado por ela e nomes como Luiza Erundina, Roberto Amaral e Domingos Leonelli, entre outros, é feita uma crítica tanto ao PT quanto ao PSDB, considerados "faces da mesma moeda".
"Nos governos dirigidos pelo PSDB por oito anos e pelo PT por 12, assistimos ao enfraquecimento do Estado com privatizações de setores estratégicos e arrocho salarial, embora com indiscutível estabilização da moeda. Assistimos, também, aos avanços de relevantes projetos de inclusão social. Mas, não se alteraram as práticas de uma política velha, com alianças danosas e práticas de clientelismo e corrupção", ressalta-se no texto.
A postagem recebeu inúmeros comentários com críticas e elogios. "Terceira via com o continuísmo de 12 anos do PT. Quem realmente é o PSB na Bahia ?", afirmou um dos usuários. "Senadora, você representa a verdadeira ideologia do PSB", elogiou outro.
Procurada pela reportagem, Lídice repetiu o discurso do PSB como terceira via e disse que não vê contradição em fazer as críticas e apoiar Dilma, cujo projeto é "mais próximo do campo ideológico e político do PSB". Segundo ela, a executiva estadual do PSB deu um "apoio crítico" ao PT.
"O apoio a Dilma numa eleição polarizada não nos coloca submetido ao PT e nem a Dilma. Não nos incorporamos ao PT e nem negociamos cargos. Não há incoerência. Não é um apoio de adesão ao projeto completo. É mais coerente apoiar Dilma do que Aécio", frisou.
Lídice afirmou também que integrantes do partido já estão se articulando com a direção do PT na Bahia para ver como o PSB pedirá votos para a candidata petista.
Contramão
A decisão da senadora vai de encontro a da executiva nacional do PSB e de Marina Silva que decidiram por apoiar o presidenciável Aécio Neves (PSDB). O documento que enumera "valores socialistas" é, segundo Lídice, justamente por conta do apoio dado ao peessedebista.
"Claro que achamos que a nacional está ferindo os princípios do nosso partido ao apoiar Aécio. Não creio que a candidatura dele se aproxima mais do PSB que esteve na oposição", acrescentou a senadora.
Já o documento postado, destaca que "a decisão da executiva nacional foi eleitoral e episódica e não fala para a política, a esquerda e o socialismo renovador". "Insistimos na denúncia desse dualismo e permanecemos unidos na construção de uma terceira via que ofereça ao povo efetivas condições de escolha", frisa, ainda, o texto publicado.
Racha
Os diferentes apoios dados pelo PSB criaram um racha no partido. "O PSB sai dessas eleições em pedaços e vai ser difícil juntar os cacos", postou um dos usuários da rede social. Lídice disse que ainda é cedo para traçar os novos rumos. "Todos os partidos vivem esse processo. É um jogo para frente. Ninguém tem bola de cristal. O PSB sofreu uma derrota. Reafirmamos nessa nota os valores para que o partido tenha condições de se reorganizar", destacou a senadora.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/politica/eleicoes/noticias/1631126-psb-explica-por-que-apoia-dilma-e-critica-pt-e-psdb

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O PSB contra o maniqueísmo





Para haver um futuro é preciso romper com o sempre igual
 
Para que se possa compreender as razões que levaram o Partido Socialista Brasileiro ‒ PSB a optar pelo apoio programático à candidatura do Senador Aécio Neves é preciso partir de um elemento de realidade, que já estava posto e caracterizado, quando nosso saudoso Governador Eduardo Campos decidiu-se por protagonizar a luta pela mudança da qualidade de nossa práxis política: as realizações do PT de Lula não são as mesmas de Dilma Roussef.
 
O diagnóstico não tinha por fundamento os nomes ou as habilidades de cada qual. Referia-se de forma direta ao fato apontado por vários teóricos da política, segundo o qual há um envelhecimento de ideais, inerente à permanência no poder. Esse processo de fadiga prática e teórica leva, não raro, à aristocratização de lideranças que, na origem, eram comprometidas com as causas populares. Ou seja, o PT que está no poder há 12 anos envelheceu e se afastou de sua base social e de seus ideais políticos.
 
Impunha-se, portanto, como tarefa política, criar para os brasileiros uma oportunidade concreta de alternância, que é um princípio básico do regime democrático, ao qual nosso Partido se engajou sem qualquer ambivalência, já no momento de sua fundação, em 1947.
 
Essa qualificação pode parecer estranha, mas é relevante no contexto de época e também na atualidade, quando se tenta sacrificar um princípio do regime democrático, em nome de uma tentativa de apropriação das causas populares, por uma única agremiação partidária. Ora, os que de fato são democratas não podem partilhar da ideia de uma democracia condicional, ou seja, que só é boa quando as forças pelas quais militam vencem.
 
A análise qualificada do cenário político exige deixar de lado o maniqueísmo simplório, que ao longo de toda a história justificou os totalitarismos à direita e à esquerda. Nesse sentido preciso, o PSB se mantém fiel a suas tradições e recusa as pechas que servem a um discurso que se aproxima dos malfadados ideais do partido único.
 
Nota-se, em complemento, que a aproximação com o PSDB não é incondicional e está baseada em diretrizes programáticas com base em sugestões do PSB. Daí porque, a nossa firme decisão em apoiar de forma entusiástica a candidatura de Aécio Neves à presidência da República.
 
Quanto às questões que maculariam nossa coligação, comparativamente a uma hipotética via de aliança com o PT, ou seja, desaparelhamento do Estado, favorecimento do grande capital, renuncia à sua soberania nacional e aliança com o capital financeiro internacional, basta recordar que o petismo que chegou ao poder se valeu de um quadro ligado à banca internacional, eleito pelo PSDB de Goiás, Henrique Meirelles, que veio a ser Presidente do Banco Central do Brasil – o que assegurou ganhos posteriores inusitados para instituições financeiras nacionais e internacionais.
 
O fato de que o PSB não se veja na condição de proprietário da verdade lhe permite entender que há uma possibilidade libertária na atual conjuntura, ou seja, desfazer o equívoco de que o futuro já tenha sido inventado por inteiro, por um único sujeito político. O futuro que vislumbramos guarda diferentes ordens de possibilidades e nos orientamos em direção a ele tendo por farol nossos valores históricos, democráticos e não a adesão acrítica a ideais que não nos pertencem.
 
Eduardo Campos compreendeu que um ciclo hegemônico se esgotara e com ele o dinamismo de nosso desenvolvimento econômico e social. O PSB, que sempre se posicionou em prol das causas populares, teve a coragem de extrair de sua leitura de conjuntura as devidas consequências políticas: precisamos recompor os fundamentos que permitirão melhorar a qualidade de vida de nossa gente. Para isso, é preciso ter a ousadia da mudança! 
 
CARLOS SIQUEIRA , 59, advogado, é presidente Nacional do PSB e da Fundação João Mangabeira.

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