31.12.15

2016: o ano do centenário de Miguel Arraes

Se 2015 foi “o ano” de Eduardo Campos com diversas homenagens ao ex-governador por conta da passagem do primeiro ano de sua morte, em 2016 quem terá destaque será Miguel Arraes. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) está programando uma série de atividades para celebrar o centenário do cearense, cuja carreira e fama política teve início em Pernambuco. Os eventos serão coordenados por uma comissão formada por membros membros do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa, do Instituto Miguel Arraes e do PSB.

Arraes nasceu em 15 de dezembro de 1916 e morreu em 13 de agosto de 2005, aos 88 anos. As atividades em sua homenagem não ocorrerão apenas em dezembro de 2016, mas serão realizadas no decorrer do próximo ano. “Teremos uma série de homenagens a doutor Arraes, que é um patrimônio do partido e da esquerda brasileira. Essa comissão terá a função de pensar e executar as homenagens a uma de nossas maiores lideranças históricas”, destaca o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes.
Entre os integrantes da comissão formada para cuidar do calendário de homenagens estão o presidente da seção Pernambuco da Fundação João Mangabeira, Evaldo Costa, a secretária nacional de mulheres do PSB, Dora Pires, e o secretário especial de cultura do partido, Pedro Mendes. Os secretários estaduais Antônio Figueira (Casa Civil) e Milton Coelho (Administração), que conviveram com Arraes, representarão o governo estadual.
Recentemente, o governador Paulo Câmara (PSB) recebeu os familiares do ex-governador no Palácio do Campo das Princesas. “Arraes fez programa sociais fundamentais para a melhor distribuição de renda no nosso Estado. As novas gerações precisam conhecer a história desse homem. Diante do momento que nós estamos vivendo, com tanta paralisia e tanta coisa errada, ele é uma das vozes que fazem falta ao Brasil. Por tudo que ele representa e, acima de tudo, pelos valores que ele pregava. Valores que são fundamentais para o desenvolvimento do País que a gente quer”, pontuou.
No total, Arraes governou Pernambuco em três oportunidades (1963-1964; 1987-1990; 1995-1999), foi deputado federal por três mandatos e secretário de Estado e prefeito do Recife. Na década de 1960, foi deposto pelo governo militar, preso e depois cumpriu exílio na Argélia. “Além da sua atuação no Brasil, é importante resgatar os detalhes da história de Arraes na Argélia. Ele contribuiu com as suas experiências no continente africano, na questão da água e das tecnologias de infraestrutura”, enfatizou Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), filha do ex-governador e mãe de Eduardo Campos.
Fonte: http://boainformacao.com.br/2015/12/26/2016-o-ano-do-centenario-de-miguel-arraes/

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30.12.15

ESTE IMPEACHMENT NÃO TERIA NENHUMA LEGITIMIDADE

Mais um político de peso se posicionou contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, da forma como ele vem sendo conduzido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desta vez, quem se levantou contra a iniciativa foi o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em entrevista ao jornalista Pedro Venceslau (leia aqui), publicada no Estado de S. Paulo.

"Eu fui dos signatários de uma carta que foi vendida como sendo de defesa do governo Dilma, mas não era. Eu e o governador (Rodrigo) Rollemberg (DF) não defendemos o governo, mas as instituições. O que questionamos nesse momento é a forma como o processo está sendo conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele começou o processo na base da chantagem e não tem legitimidade para conduzir o impeachment", afirmou.
Câmara disse, no entanto, que o PSB ainda não tem posição fechada sobre a questão. "O PSB decidirá isso em algum momento na comissão que avaliará o caso. A comissão (especial do impeachment) é inclusive formada por dois pernambucanos: os deputados Fernando Filho e Tadeu Alencar. Eu estou convencido que se trata de um processo político. A executiva nacional se reunirá com os membros do partido na comissão. Vou seguir a orientação que os deputados indicarem. Mas eu enfatizo: da maneira como o processo está sendo levado pelo Eduardo Cunha ele está fadado a não ter legitimidade."
Alckmin no PSB
O governador pernambucano também falou sobre a possível ida de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, para o PSB, que lhe daria legenda para disputar a presidência da República, em 2018. "O PSB é aliado do PSDB em São Paulo. Tenho muito respeito pelo governador Alckmin, mas a vinda dele para o partido é uma discussão maior e que ainda não foi feita no partido. Qualquer um que ingresse no nosso partido tem que estar alinhado com o nosso programa, e não o contrário. De qualquer forma, o Geraldo tem, hoje, mais convergência com o pensamento do PSB do que divergências."
Em outro ponto da entrevista, ele defendeu a recriação da CPMF, o 'imposto do cheque'. "A CMPF é o único instrumento que está na mesa para ajudar os Estados, municípios e a União a fechar as suas contas. Diante de um cenário onde não há alternativas, os governadores vão encontrar na CPMF a única opção."

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29.12.15

Impeachment agrava divisão interna no PSB

Único grande partido de oposição à presidente Dilma Rousseff que ainda não se definiu em relação ao impeachment, o PSB, que conta com uma bancada de 36 deputados federais, viu sua divisão interna se agravar com o início do acolhimento do processo de afastamento da petista no Congresso.
Enquanto a bancada na Câmara apoia majoritariamente a petição de impedimento assinada pelos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, a maioria dos governadores, senadores e dirigentes da legenda que atuam em movimentos sociais se posiciona contra a medida.
O PSB esteve na área de influência do PT até 2013, quando rompeu com a presidente Dilma Rousseff e lançou o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à Presidência. Após a morte dele no ano passado em um acidente aéreo durante a campanha presidencial e, na sequência, a derrota da ex-ministra Marina Silva, sua sucessora, no 1º turno da disputa, a legenda deu apoio ao senador tucano Aécio Neves (MG) no 2º turno.
Mesmo sem uma liderança nacional, líderes do PSB afirmam que a legenda não quer mais ser linha auxiliar porque hoje o partido busca protagonismo como terceira via à polarização entre PT e PSDB.
Por isso, a legenda resiste em embarcar no discurso pró-impeachment capitaneado pelo PSDB de Aécio. A mesma razão faz com que parte do partido se negue também a apoiar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em seu projeto presidencial. O tucano paulista recebeu a sinalização de que poderia contar com a sigla caso não consiga se lançar candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB.

Palavra final

Diante do impasse sobre o afastamento de Dilma, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, costurou um acordo pelo qual a palavra final sobre o impeachment será da direção nacional executiva do partido, que está dividida ao meio. "O debate está em suspenso. Fechamos o ano sem uma definição clara. Há uma certa simpatia na Câmara, mas no Senado (o impeachment) encontra resistência", avaliou Siqueira.
Os quatro deputados indicados pelo PSB para a Comissão Especial que avaliará o impedimento após o recesso parlamentar, em fevereiro, se comprometeram a acatar a decisão do comando partidário. São eles Fernando Bezerra Filho (PE), Tadeu Alencar (PE), Danilo Fortes (CE) e Bebeto (BA).

Ponta do lápis

Segundo cálculo da cúpula pessebista, 28 dos 36 deputados apoiam o pedido de afastamento da presidente que tramita na Câmara.
Os que se posicionam contra - caso da deputada Luiza Erundina, por exemplo - integram a ala mais "à esquerda" do PSB.
Em caráter reservado, parlamentares pró-impeachment alegam que estão sendo pressionados por suas bases e temem não eleger seus aliados em 2016 ou renovar o próprio mandato em 2018.
O mesmo levantamento informal prevê que pelo menos 5 dos 7 sete senadores do PSB rechaçam a tese do impedimento de Dilma Rousseff. A bancada chegou a discutir pelo WhatsApp a ideia de lançar um documento com o argumento de que a impopularidade não justifica o impedimento.
Consenso. Já entre os três governadores do PSB - Rodrigo Rollemberg (DF), Ricardo Coutinho (PB) e Paulo Câmara (PE) -, há consenso contra o impeachment. "Da maneira como o processo está sendo levado pelo Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), ele está fadado a não ter legitimidade", disse ao Estado Paulo Câmara (mais informações na entrevista abaixo).
Câmara e Coutinho também criticam a estratégia da oposição na Câmara, sobretudo do PSDB, ao longo de 2015. "A oposição não construiu um norte. A população não reconhece a devida legitimidade na oposição", declarou Coutinho em entrevista recente à TV Estadão.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/12/27/impeachment-agrava-divisao-interna-no-psb.htm

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28.12.15

PSB da Bahia é contra o impeachment

A executiva estadual do PSB deverá se posicionar oficialmente contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, após reunião que acontece nesta segunda-feira, 28, na sede do partido em Salvador.
Dividido em relação ao impeachment, o PSB só deverá se definir sobre o assunto no próximo ano. No entanto, executivas estaduais da sigla já têm se reunido para deliberar e se posicionar sobre o tema. É o caso de estados como Paraíba, Santa Catarina e Amapá, além do Distrito Federal.
Presidente do PSB na Bahia, a senadora Lídice da Mata já ressaltou que, no Senado, a maioria da bancada socialista é contrária ao impeachment de Dilma.
Na Bahia, o PSB faz parte da base do governador Rui Costa (PT), inclusive com cargos. Secretário de Finanças do PSB, Antônio Carlos Tramm é presidente da Junta Comercial da Bahia. Já o primeiro secretário do PSB, Rodrigo Hita, ganhou o cargo de superintendente de Defesa Civil do Estado.
Recentemente, Hita participou, em Salvador, de ato contrário ao impeachment, organizado por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos aliados do PT.
Segundo Hita, o PSB não pode "se pautar pelas oportunidades". "Você pode até não gostar do governo, mas não tem nenhum ato que justifique o impeachment", declarou.
Único deputado federal do PSB baiano, Bebeto Galvão foi um dos indicados do partido para a comissão especial do impeachment, suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Divisão
Enquanto a bancada do PSB no Senado é majoritariamente contra o impeachment (assim como os governadores do partido), na Câmara a situação é inversa.
Apesar da divisão sobre o tema, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, tem se mostrado favorável ao impedimento da presidente.
"Ou bem a presidente e o seu partido formam uma base que lhe garanta a governabilidade, ou não é possível continuar no poder", afirmou Siqueira há duas semanas, ao participar de um encontro de pré-candidatos  do PSB, na capital baiana
Na ocasião, Siqueira também criticou o discurso usado pelo PT de que um impeachment contra Dilma seria "golpe". Segundo ele, o PT seria "o partido com menos moral para falar em golpe". 
Em setembro, o presidente do PSB chegou a convocar a executiva nacional com a expectativa de que o partido se declarasse oficialmente como oposição ao governo Dilma, mas isso não se concretizou.
Fonte:http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1734948-psb-da-bahia-e-contra-o-impeachment

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