30.9.15

PSB nega acordo com PSDB para 2018

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, desmentiu nesta segunda-feira a informação de que um acordo entre o PSB e o PSDB haveria sido firmado para a sucessão presidencial em 2018. A notícia foi publicada pelo colunista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder. A informação “não guarda absolutamente nenhuma correspondência com a realidade política do nosso partido”, disse Siqueira.

Em coluna replicada em diversos jornais do Brasil, Humberto disse que o PSB indicará o candidato à vice na chapa de Aécio Neves em 2018. Estariam cotados para a vaga a viúva de Eduardo Campos, Renata, e o governador de pernambucano, Paulo Câmara. Em carta encaminhada ao jornalista esta manhã, Siqueira desmentiu “com veemência” a publicação, afirmando que a aliança entre o PSB e o PSDB nas últimas eleições foi “circunstancial e pontual”. Disse ainda que o PSB pretende lançar candidatura própria em 2018, por considerar que a polarização entre PSDB e PT “envelheceu”.


FONTE: http://www.valor.com.br/politica/4245640/psb-nega-acordo-com-psdb-para-eleicao-presidencial-de-2018

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28.9.15

PSB e Rede podem repetir dobradinhas em 2016

A dobradinha entre o PSB e a Rede Sustentabilidade poderá acontecer novamente nas eleições municipais de 2016, mas, desta vez, cada um ficará em seus respectivos partidos. Com a criação da Rede, legenda fundada pela ex-senadora Marina Silva, a maioria dos membros que ingressaram no PSB desde as vésperas das eleições presidenciais de 2014 já começaram a migrar para a nova sigla.
Entre os que pediram desfiliação do PSB está a própria Marina Silva. A ex-candidata à Presidência da República, que substituiu o então candidato Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo em junho do ano passado, entregou uma carta de desfiliação e agradeceu ao PSB por ter sido recebida depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro à Rede em 2013.
Marina lembrou que, apesar disso, o ex-governador de Pernambuco reconheceu a Rede como um partido político. “Vocês possibilitaram a nós ter uma inserção política na conjuntura nacional como um partido político sem ser um partido político. Fizeram uma aliança conosco sem que tivéssemos como aportar sequer um segundo de televisão ou qualquer estrutura, que não tínhamos, mas em torno de ideias e de um programa”, disse ontem, em encontro com a direção nacional do PSB, em Brasília. Para Marina, a história vai registrar a aliança com os socialistas como a inauguração de um novo momento na política brasileira, “que está precisando tanto de forças políticas que se unem não em torno da discussão de pedaços do Estado, de estruturas, mas principalmente de postura, de ideias inovadoras”.
Por conta disso, a dobradinha, principalmente nas cidades do interior, devem se repetir. Na Bahia, os dois partidos podem unir-se, mas quando o assunto é a disputa em Salvador, as duas legendas não falam a mesma língua. “Ficamos felizes que a Rede conseguiu o seu registro. Temos muita amizade e claro que o PSB quer parcerias com a Rede e com outros partidos”, afirmou, em entrevista ao site Bahia Notícias.
Já o representante da Rede no estado e membro da executiva nacional da sigla, Júlio Rocha, informou que o arco de alianças do partido ainda será definido em convenção estadual e nacional. “Nós queremos candidaturas próprias, mas só vamos decidir no encontro estadual de outubro. O leque de alianças será definido no congresso nacional”, disse em entrevista . Segundo Rocha, até a formalização do partido, a Rede contava com 500 filiados. O dirigente informou que desde que oficializou a criação do novo partido, mas de 300 vereadores em toda a Bahia já solicitaram filiação. “Isso preocupa porque não queremos que as pessoas entrem na Rede, mas a Rede entre nas pessoas. Só vamos autorizar pedidos de filiação quando exista identidade e programa de concepção com a Rede”, alertou. 
Jovem pode ser candidato do PSOL em Salvador 
Com o término das cinco plenárias municipais que antecedem o congresso municipal, previsto para ocorrer entre 13 e 14 de novembro, o PSOL já diz ter uma perspectiva em relação à candidatura do partido para disputar a Prefeitura de Salvador nas eleições de 2016.  A disputa ao Palácio Thomé de Souza, provavelmente, será marcada pelo surgimento de uma nova liderança do Partido Socialismo e Liberdade. O processo eleitoral interno da sigla deverá apontar o nome do sociólogo e professor da UNEB Fábio Nogueira como a nova aposta para entrar no páreo pela Prefeitura de Salvador.
Fábio Nogueira tem 37 anos, é negro, possui mestrado pela Universidade Federal Fluminense  e, atualmente, é doutourando de Sociologia da USP. “A candidatura do PSOL tem o compromisso com a defesa dos valores culturais negros de origem africana. É importante termos mais candidaturas negras, independente de quem vai ser o candidato, precisamos ter mais negros ocupando espaços de poder.
Devemos valorizar o legado histórico, cultural e simbólico da população negra”, destaca Fábio Nogueira, provável pré-candidato e integrante do Coletivo Rosa Zumbi, corrente interna do PSOL. Nogueira destaca ainda que o PSOL sempre se apresentou nas eleições com ênfase nas pautas que são de interesse da população mais pobre da cidade. Para ele, Salvador precisa de uma alternativa de esquerda que tenha como objetivo fazer uma gestão com foco na população mais carente. O sociólogo cita como exemplo a elevada quantidade de pessoas que morreram durante as enchentes. “Algo que poderia ter sido evitado se ACM Neto e os gestores anteriores tivessem uma verdadeira preocupação com as famílias das periferias”, questiona. 

FONTE: http://www.tribunadabahia.com.br/2015/09/26/psb-rede-podem-repetir-dobradinhas-em-2016

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17.9.15

Marisa Gibson: PSB está em cima do muro

Há um descompasso no PSB. Só no final da próxima semana, quase no fim do mês, é que o partido anunciará seu posicionamento sobre as medidas anunciadas pelo governo para corrigir o rombo do orçamento e também sobre a CPMF – a maldita. Essa tão demorada reflexão pode ser vista como uma atitude inteligente ou simplesmente uma manobra oportunista. Todos os partidos de oposição já se manifestaram, inclusive a bancada do PSB no Senado. Mas, ontem, os três governadores do PSB, Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF), se recusaram a ir ao encontro dos colegas governistas, em Brasília, quando foi feito um apelo ao Congresso para elevar de 0,20%, como propôs o governo, para 0,38% a alíquota da CPMF, condição para que os estados recebam  recursos do tributo. Os socialistas mantiveram assim uma distância regulamentar dos aliados de Dilma e da CPMF, cuja rejeição destrói a popularidade de qualquer um. Essa proposta está fadada à derrota, diz  o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Mas, diante da recusa de trabalhar pelo aumento da alíquota – uma casca de banana jogada aos governadores pelo próprio governo –  pode-se questionar: caso o Congresso aprove o aumento da alíquota, os socialistas recusarão a fatia da CPMF? Adepto de declarações diplomáticas, Paulo Câmara afirma que “o momento exige muita análise sobre as opções disponíveis, diante da grave crise econômica e política”.  É, nem parece aquele PSB que, em agosto, subiu o tom e responsabilizou a gestão petista pela crise econômica, deixando claro também a legalidade
de um eventual processo de impeachment. 

Do fundo do poço

A presidente Dilma Rousseff está no fundo do poço e de lá acusa seus opositores de se utilizarem de uma versão moderna de golpe para tirá-la do Palácio do Planalto. Pois é, desfilando sobre os tapetes azul e verde do Senado e da Câmara dos Deputados, os adversários da presidente falam muito, mas não conseguem avançar em nada. 

Separadamente

Quando Pernambuco disputava a refinaria da Petrobras, no governo Jarbas, houve um momento em que o então presidente Lula reuniu-se, separadamente, com os governadores dos estados cotados para o investimento, e cada um saiu com a certeza de que seria o escolhido. Hoje, a presidente da TAM, Cláudia Sender, mostrará, separadamente, aos governadores do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte o estudo Novo Valor Econômico, da Oxford Economics, um dos parâmetros para definir o estado que ficará com o hub da Latam. 

Nova missão

O desembargador Bartolomeu Bueno foi escolhido como o novo presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes) e comandará a entidade no triênio de 2015/2018. Uma de suas metas é defender o benefício da PEC da Bengala, que altera de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória, para os servidores públicos, em especial para a magistratura.

Repactuação

A Câmara Municipal de Igarassu realiza, sexta-feira, audiência pública, por solicitação do vereador Edinho Martins (PMN) para discutir o pacto federativo, com palestra do deputadoTadeu Aencar(PSB), defensor de uma nova repactuação da arrecadação tributária entre União, estados e municípios. Hoje, o governo federal fica com cerca de 70% dos tributos, deixando para as outras duas esferas os 30% restantes.

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12.9.15

Dilma deveria pedir perdão aos brasileiros, diz presidente do PSB

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou nesta quinta-feira (10) que a presidente Dilma Rousseff deveria pedir perdão aos brasileiros pelos "erros cometidos" e pela "profunda crise" que causou no País. Siqueira afirmou que a "condução desastrosa" do governo na economia e a crise política provocaram a retirada do selo de bom pagador do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P). 

"O governo não demonstrou aos agentes econômicos nenhuma segurança nas medidas que deveriam já ter sido adotadas para iniciar a superação da crise, não acerta no âmbito da política, não tem uma base capaz de lhe dar algum nível de solidez e isso levou o País a essa desastrosa situação, o que agrava enormemente a situação econômica, mas também a situação política", disse, de acordo com nota do partido.

"Ela deve um pedido de desculpa aos brasileiros e brasileiras, e até mais, um pedido de perdão pelos erros e pela profunda crise política e econômica que provocou em nosso País", disse. Siqueira recordou que a subida do País para grau de investimento, em 2008, foi celebrada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quando o Brasil ganhou o grau de investimento ele disse: agora, o Brasil é um País sério. O que diria o presidente Lula agora, com a desastrosa situação em que o governo do seu partido, o PT, colocou o nosso país?", pergunta. "Esses impostos são para penalizar as classes mais pobres e a classe média. Será que são essas classes que vão ter que pagar pelo rombo provocado pelo governo?", questiona.

Em Buenos Aires, Lula disse nesta quinta-feira, 10, que o corte da nota brasileira pela Standard & Poor's "não significa nada". "Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer", destacou. O ex-presidente, que participa do 3.º Congresso Internacional de Responsabilidade, disse "achar muito engraçado" que a agência de risco tenha tomado essa decisão e criticou que essas agências não usam os mesmos critérios para "países quebrados da Europa".

FONTE: http://noticias.ne10.uol.com.br/politica/noticia/2015/09/10/dilma-deveria-pedir-perdao-aos-brasileiros-diz-presidente-do-psb-567808.php

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9.9.15

PMDB perde deputado federal para o PSB

O deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE) participará de cerimônia de filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), na próxima sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Ceará. Nos bastidores, a promessa é que Forte, que é titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), se torne o presidente do diretório cearense do PSB.
No ano passado, durante as eleições, ele defendeu aliança regional de Eunício Oliveira (PMDB), então candidato ao governo do Ceará, com o presidenciável Eduardo Campos (PSB). Atualmente, o PSB conta com 23 deputados em exercício na Câmara Federal. Já o PMDB tem 67 parlamentares na Casa.
Além de Forte, o PSB também filiará o deputado estadual Heitor Férrer (PDT). O parlamentar entra para o partido com a garantia do presidente da legenda, Carlos Siqueira, de ser pré-candidato à prefeitura de Fortaleza na eleição de 2016.
FONTE: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/09/08/pmdb-perde-deputado-federal-para-o-psb/

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7.9.15

Roberto Amaral: "Declaração de Michel Temer é golpismo explícito"

Ex-ministro de Lula e próximo da presidente Dilma Rousseff no segundo turno das eleições, Roberto Amaral faz duras críticas à condução da política econômica e do ajuste fiscal empreendido pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. Além de apontar erros e prever que os rumos da economia "não sugerem bons ventos", o ex-presidente do PSB afirma que a presidente não recebe apoio nem mesmo dos beneficiários do "projeto Levy".
"O governo não recebe o apoio das forças econômicas beneficiárias do ‘projeto Levy’, de uma parte, e de outra tem dificuldade de falar às grandes massas (atingidas em seus direitos pela política recessiva) — de cujo apoio nas ruas depende sua sobrevivência. Este paradoxo precisa ser vencido", afirma Roberto Amaral, que chamou de "golpismo explícito" a declaração do vice Michel Temer de que Dilma não terminaria o mandato se continuasse com os atuais índices de popularidade.
Crítico do PMDB, Amaral é cético quanto ao destino do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo Ministério Público Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. "A questão não é apenas jurídica. O STF é um tribunal que julga direito pelo viés da política", diz, acrescentando ao cenário de incertezas a manipulação da opinião pública pelos meios de comunicação de massa e a blindagem que o peemedebista terá entre seus pares no Congresso para que não deixe o cargo.
Roberto Amaral
Roberto Amaral
Um dos nomes históricos da esquerda brasileira, Amaral não poupa nem mesmo seu partido. "O PSB era um honesto partido de centro-esquerda que renunciou a ser um grande partido de esquerda. Brigou com a história. Pode ser de esquerda um partido que deseja fundir-se com o PPS?", questiona. Segundo o ex-presidente do PSB, os erros da legenda surgiram a partir da eleição de 2014. Ele reconhece que o PSB tem uma dívida com Marina Silva, que substituiu Eduardo Campos como candidata e impediu a aliança com a direita. "Devemos-lhe alguns favores: foi sua firmeza, por exemplo, que impediu que o PSB apoiasse o Caiado (Ronaldo, DEM) em Goiás… Recusou-se na campanha, a, em São Paulo, fazer o jogo do PSDB, jogado pelo PSB".
Confira a entrevista, na íntegra:
Jornal do Brasil - Qual é a opinião do senhor sobre a crise política do governo da presidente Dilma?
Roberto Amaral - É muito grave, pois há uma conjunção de crise econômica e crise política, uma alimentando a outra e, de permeio, o avanço das forças conservadoras, naturalmente em conflito com todo e qualquer governo comprometido com a emergência das massas trabalhadoras. Esse conflito ideológico chega a ser mais contundente do que a crise econômica em si, posto que dela independe. Assim foi em 1954, contra as políticas nacionalistas e trabalhistas de Vargas, assim foi contra o governo popular de Jango. Em ambos os casos se arguia o combate à corrupção. A classe dominante jamais aceitou a política social de Lula; teve de conformar-se com ela em face de sua popularidade. A crise política é o calcanhar de Aquiles do governo Dilma.
Jornal do Brasil - Há erros na política econômica?
Roberto Amaral - Há, evidentes. São erros de concepção ideológica (a teimosia neoliberal) agravados pela sabotagem da Câmara dos Deputados, aumentando os gastos da União. De qualquer forma, a estagnação econômica, sugerindo uma recessão a médio prazo, jamais se revelou competente para sanar os problemas de caixa, nem os juros pornográficos conseguiram conter a inflação, ainda em alta. Ou seja, o ‘projeto Levy’ não sugere bons ventos. A retração tem levado ao óbvio, a saber, a queda da produção, à ausência de investimentos e ao desemprego que levam à queda da produção, da arrecadação, aumentando o déficit, ou seja, realimentando a crise econômica que agrava a crise política, da qual se aproveitam os adversários da estabilidade. 
Jornal do Brasil - O senhor acredita que a tese de impeachment tem fôlego para seguir adiante?
Roberto Amaral - De certa forma, o sucesso ou insucesso  da impatriótica, ilegal e inconstitucional 'tese de impeachment’ está muito a depender da correlação de forças na sociedade, e isto, por seu turno está a depender do diálogo que a presidente venha a manter, ou não, com as forças populares, com o papel pessoal de Lula e com o papel das forças progressistas de um modo geral, diante da fragilidade da base parlamentar do governo e do monopólio oposicionista dos meios de comunicação de massa. O governo não recebe o apoio das forças econômicas beneficiárias do ‘projeto Levy’, de uma parte, e de outra tem dificuldade de falar às grandes massas (atingidas em seus direitos pela política recessiva) — de cujo apoio nas ruas depende sua sobrevivência. Este paradoxo precisa ser vencido.
Jornal do Brasil - O senhor tem falado com a presidente?
Roberto Amaral - Não. Nossa última conversa foi no curso do segundo turno.
Jornal do Brasil - Eduardo Cunha cairá com as denúncias da Lava Jato?
Roberto Amaral - A questão não é apenas jurídica: o desenvolvimento do processo a ser aberto pelo STF, um Tribunal que julga o direito pelo viés da política. Muito dependerá da opinião pública, de resto manipulada pelos meios de comunicação de massa. Qual será, a esse propósito, a posição de nossa imprensa?  Se depender da correlação de forças internas da Câmara Federal, Eduardo Cunha está blindado.
Jornal do Brasil - O que o sr. achou das declarações de Michel Temer, de que Dilma não resiste com os índices de popularidade atuais?
Roberto Amaral - No mínimo preocupantes, embora não sejam surpreendentes para um observador da política. Do que li concluo tratar-se de golpismo explícito, formulado por um evidente beneficiário. Trata-se do vice-presidente da República, ex-coordenador político do governo e presidente do PMDB, que tem a metade do governo Dilma e as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a segunda bancada na Câmara e a maior bancada no Senado. Convenhamos, não é pouca coisa. Eis um indicador da falência da política nacional, que se manifesta na pobreza política e ética daqueles políticos que deveriam desempenhar o papel de estadista. Que fazer? Quem tem um aliado como esse não precisa da oposição nem dos "caiados" nem dos "bolsonaros". Triste Brasil.
Jornal do Brasil - Como o sr. avalia o PSB nacionalmente e aqui no Rio de Janeiro, a partir da saída do deputado federal Glauber Braga para o Psol e Romário dominando o partido?
Roberto Amaral - O PSB renunciou ao PSB, abjurando sua história, seu manifesto, seu programa e a biografia dos seus fundadores e dos que o trouxeram sério e limpo até 2014. A partir da adesão oportunística ao candidato da direita, optou pelo pragmatismo cínico. Nada tem a ver com o socialismo ou com a esquerda brasileira um partido que ostenta em seus quadros um guarda-costas de Bolsonaro e uma deputada que incita o assassinato de índios. 
Jornal do Brasil - O sr. apóia a candidatura do Romário à Prefeitura do Rio?
Roberto Amaral - E ele é candidato?
Jornal do Brasil - O partido não é mais de esquerda?
Roberto Amaral - Não. O PSB era um honesto partido de centro-esquerda que renunciou a ser um grande partido de esquerda. Brigou com a história. Pode ser de esquerda um partido que deseja fundir-se com o PPS?
Jornal do Brasil - A presença de Marina Silva no PSB tirou um pouco o foco do partido e das atuais lideranças?
Roberto Amaral - Justiça seja feita, a Marina jamais esteve no PSB; era nossa candidata a vice, numa coligação partidária entre o projeto de Rede e o PSB, e, por uma tragédia, tornou-se nossa candidata à presidência. Mas devemos-lhe alguns favores: foi sua firmeza, por exemplo, que impediu que o PSB apoiasse o Caiado em Goiás… Recusou-se, na campanha, a, em São Paulo, fazer o jogo do PSDB, jogado pelo PSB.
Jornal do Brasil - O sr. participa das conversas pela frente de esquerda no Rio de Janeiro e que tem a participação do Tarso Genro?
Roberto Amaral - Participo de todas as conversas, ações e articulações, desde o primeiro momento, de que resultou a Frente Brasil Popular a ser instalada neste sábado em Belo Horizonte. Tenho o orgulho de dizer que foi eu quem levantou a ideia no Grupo Brasil. E participo de todas as conversas que são levadas a cabo pelo companheiro Tarso Genro, justamente preocupado com a tragédia da esquerda no Rio de Janeiro.

FONTE: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/09/05/roberto-amaral-declaracao-de-michel-temer-e-golpismo-explicito/?from_rss=None

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