28.9.15

PSB e Rede podem repetir dobradinhas em 2016

A dobradinha entre o PSB e a Rede Sustentabilidade poderá acontecer novamente nas eleições municipais de 2016, mas, desta vez, cada um ficará em seus respectivos partidos. Com a criação da Rede, legenda fundada pela ex-senadora Marina Silva, a maioria dos membros que ingressaram no PSB desde as vésperas das eleições presidenciais de 2014 já começaram a migrar para a nova sigla.
Entre os que pediram desfiliação do PSB está a própria Marina Silva. A ex-candidata à Presidência da República, que substituiu o então candidato Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo em junho do ano passado, entregou uma carta de desfiliação e agradeceu ao PSB por ter sido recebida depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro à Rede em 2013.
Marina lembrou que, apesar disso, o ex-governador de Pernambuco reconheceu a Rede como um partido político. “Vocês possibilitaram a nós ter uma inserção política na conjuntura nacional como um partido político sem ser um partido político. Fizeram uma aliança conosco sem que tivéssemos como aportar sequer um segundo de televisão ou qualquer estrutura, que não tínhamos, mas em torno de ideias e de um programa”, disse ontem, em encontro com a direção nacional do PSB, em Brasília. Para Marina, a história vai registrar a aliança com os socialistas como a inauguração de um novo momento na política brasileira, “que está precisando tanto de forças políticas que se unem não em torno da discussão de pedaços do Estado, de estruturas, mas principalmente de postura, de ideias inovadoras”.
Por conta disso, a dobradinha, principalmente nas cidades do interior, devem se repetir. Na Bahia, os dois partidos podem unir-se, mas quando o assunto é a disputa em Salvador, as duas legendas não falam a mesma língua. “Ficamos felizes que a Rede conseguiu o seu registro. Temos muita amizade e claro que o PSB quer parcerias com a Rede e com outros partidos”, afirmou, em entrevista ao site Bahia Notícias.
Já o representante da Rede no estado e membro da executiva nacional da sigla, Júlio Rocha, informou que o arco de alianças do partido ainda será definido em convenção estadual e nacional. “Nós queremos candidaturas próprias, mas só vamos decidir no encontro estadual de outubro. O leque de alianças será definido no congresso nacional”, disse em entrevista . Segundo Rocha, até a formalização do partido, a Rede contava com 500 filiados. O dirigente informou que desde que oficializou a criação do novo partido, mas de 300 vereadores em toda a Bahia já solicitaram filiação. “Isso preocupa porque não queremos que as pessoas entrem na Rede, mas a Rede entre nas pessoas. Só vamos autorizar pedidos de filiação quando exista identidade e programa de concepção com a Rede”, alertou. 
Jovem pode ser candidato do PSOL em Salvador 
Com o término das cinco plenárias municipais que antecedem o congresso municipal, previsto para ocorrer entre 13 e 14 de novembro, o PSOL já diz ter uma perspectiva em relação à candidatura do partido para disputar a Prefeitura de Salvador nas eleições de 2016.  A disputa ao Palácio Thomé de Souza, provavelmente, será marcada pelo surgimento de uma nova liderança do Partido Socialismo e Liberdade. O processo eleitoral interno da sigla deverá apontar o nome do sociólogo e professor da UNEB Fábio Nogueira como a nova aposta para entrar no páreo pela Prefeitura de Salvador.
Fábio Nogueira tem 37 anos, é negro, possui mestrado pela Universidade Federal Fluminense  e, atualmente, é doutourando de Sociologia da USP. “A candidatura do PSOL tem o compromisso com a defesa dos valores culturais negros de origem africana. É importante termos mais candidaturas negras, independente de quem vai ser o candidato, precisamos ter mais negros ocupando espaços de poder.
Devemos valorizar o legado histórico, cultural e simbólico da população negra”, destaca Fábio Nogueira, provável pré-candidato e integrante do Coletivo Rosa Zumbi, corrente interna do PSOL. Nogueira destaca ainda que o PSOL sempre se apresentou nas eleições com ênfase nas pautas que são de interesse da população mais pobre da cidade. Para ele, Salvador precisa de uma alternativa de esquerda que tenha como objetivo fazer uma gestão com foco na população mais carente. O sociólogo cita como exemplo a elevada quantidade de pessoas que morreram durante as enchentes. “Algo que poderia ter sido evitado se ACM Neto e os gestores anteriores tivessem uma verdadeira preocupação com as famílias das periferias”, questiona. 

FONTE: http://www.tribunadabahia.com.br/2015/09/26/psb-rede-podem-repetir-dobradinhas-em-2016

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