1.1.15

Sem Eduardo, Paulo Câmara tem a missão de honrar os mais de 3 milhões de votos


Transformar os três milhões de votos obtidos nas urnas em capital político será um dos principais desafios do governador eleito Paulo Câmara (PSB), que inicia o mandato com o intuito de dar continuidade à gestão de oito anos do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Neófito na política, Paulo terá um dos mais duros embates pela frente – a missão de se tornar a nova liderança dentro do grupo político e desta vez sem a figura do padrinho político.

Não é segredo que, no campo econômico, 2015 será um ano difícil. É consenso entre economistas as dificuldades pelas quais o Brasil vem passando. O núcleo duro do novo ministério de Dilma é prova das tentativas feitas pela presidente para escapar da crise.
Em Pernambuco, o cenário não será dos mais otimistas. Deixando as divergências políticas de lado, o governador eleito deve abrir o diálogo com a presidente para garantir que tirará do papel boa parte dos projetos que depedem da abertura dos cofres da União, como as propostas na área de mobilidade – alguns deles estão travados por falta de recursos. Um dos exemplos é a navegabilidade pelo Rio Capibaribe, iniciada em 2012 e estagnada até hoje.

Em entrevista ao Blog de Jamildo, após participação na Rádio Jornal, Paulo Câmara mostrou-se ciente da realidade apresentada, mas adiantou que as articulações só terão início em 1º de janeiro. “Eu estou muito claro do meu papel e do papel do meu partido em relação a isso. Vou governar Pernambuco, vou trabalhar muito por esse Estado, mas vou procurar o governo federal, sempre que entender que temos questões importantes que eles podem nos ajudar”, afirmou o governador eleito, que apoiou Aécio Neves (PSDB), durante o segundo turno eleitoral contra Dilma.

Nas declarações, Paulo procura sempre deixar clara a relação estritamente institucional que deve manter com a presidente reeleita. “Considero como uma relação necessária, que temos que ter. Eu tenho essa responsabilidade, a presidente Dilma também. E ela também se mostrou muito aberta, muito receptiva sobre a gente conversar sobre os projetos que são de interesse daqui”, explicou o socialista, acrescentando que ainda não teve nenhuma sinalização de repasse de recursos do governo federal. “E nem fui atrás. Acho que cabe a nós a partir de 1º de janeiro”.

Abrandar o fogo amigo dentro do próprio partido também é outra peleja que Paulo Câmara terá que enfrentar. De técnico a político em menos de um ano, o economista busca se cercar de novos arranjos e aliados políticos para enfrentar as críticas dos correligionários, que ainda não admitem o processo que levou a escolha do nome do novo governador. Na escolha do secretariado, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o governador João Lyra (PSB) fizeram queixas às escolhas de Paulo Câmara.
Quanto às contendas partidárias, o novo govenador procurou amenizá-las em prol da governabilidade. “Os ruídos que ocorrem, a gente procura conversar com as pessoas para que eles deixem de ocorrer. Mas é um desafio permanente de todo governante e de todo dirigente partidário, que eu sou”, observou.

Eleito por escolha e aval de Eduardo Campos, Paulo Câmara (PSB) vai assumir – em 1º de janeiro – com a ideia, estratégia e estrutura copiadas do ex-governador. Seguindo o padrão de Campos, Paulo vai manter técnicos em pastas-chaves. Nunca antes, no Estado, foi eleito governador um técnico que saiu direto para o cargo, não passando por estágios tradicionais como Legislativos ou vice no Executivo.
Sobre a defesa do legado do ex-govenador e padrinho político, Paulo afirma que continuará a defender o projeto de governo iniciado pelo socialista. “Me comprometi com a população de Pernambuco, que quer um governo que continue a forma que Eduardo governava e que cumpra os compromissos que estão no nosso programa de governo.

FONTE: http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2014/12/31/paulo-camara-e-missao-de-transformar-3-milhoes-de-votos-em-um-bom-governo/

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