MEU PSB É 40 E TEM S DE SOCIALISTA
Assisto com paciência as mudanças
do mundo político e dentro dentre mundo, a transformação na agremiação pela
qual fiz a opção de me filiar partidariamente. Sim falo do PSB – Partido
Socialista Brasileiro.
Não falo de agora, mas temos que
pegar um espaço de tempo e verificar as decisões que são tomadas ou votadas
nessa agremiação. Poderia pegar na Década ou no quinquênio. Um partido deveria depender de suas bases e
suas bases deveriam ser consultadas. A base do partido nada mais é do que o
grupo de filiados. Fora isso vira um partido de aluguel onde uma direção o leva
ao gosto do vento de caminhos tomados dentro de quatro paredes.
Num espaço de tempo de cinco anos
o PSB tomou várias decisões que transformaram a rota do partido. Da cúpula
Nacional, passando pelos diretórios estaduais e municipais. No campo nacional o
destaque acontece em 2013 quando o PSB resolve romper com o governo Dilma
findando uma aliança de 10 anos e meio com o PT. No campo estadual também em
2013 o partido retira o prefeito de Caxias Alexandre Cardoso da presidência do
diretório estadual após duas décadas neste comando.
No campo nacional tinha à frente
o governador Eduardo Campos, herdeiro de Miguel Arraes e que pilotava o PSB
rumo a uma candidatura própria a Presidência da Republica. No campo estadual
começa a primeira de muitas trocas na direção partidária num entra e sai do
Senador Romário como presidente do diretório estadual.
Nacionalmente o PSB se cacificou
quando Eduardo traz para o partido a Ex Ministra Marina Silva, que em 2010
disputara a eleição presidencial e vinha para PSB depois do TSE ter negado o
registro de sue partido rede sustentabilidade. No Estadual uma queda de braço
pela direção partidária levou o enfraquecimento do diretório no Rio de Janeiro.
O grande abalo acontece com o
trágico acidente que vitimou Eduardo Campos em 2014, já escolhido candidato do
PSB a presidente e tendo Marina como Vice. Atordoado o PSB tenta se recompor e
lança Marina Silva a presidência no lugar de Eduardo, mas a candidatura não
chega ao segundo turno.
A grande ruptura acontece na
decisão da Cúpula em apoiar Aecio Neves no segundo turno. Algumas lideranças
históricas deixam o partido e aqui no Estado do Rio de Janeiro o embate segue
entre Romário e Glauber. Até que o deputado federal joga a tolha e se desfilia
indo para o PSOL. O Psol foi o destino
da também histórica deputada Luiza Erundina. Reconduzido a presidência do
partido no diretório estadual Romário fica pouco tempo e é substituído por
Rubens Bomtempo em dez de 2015. Mas em fevereiro de 2016 Romário é conduzido
novamente a presidência do diretório estadual e lá permanece pouco mais de 5
meses dando lugar ao deputado federal Hugo Leal.
Em menos de 2 anos foram 5 trocas
de comandos e nenhuma reunião com os filiados. Será que dará certo? As urnas de
2016 é que vão demostrar. Pelo meu lado apos toda essa narrativa cabe falar que
o PSB que sou filiado tem S de Socialista e foi moldado com ideias de João Mangabeira, Domingos Vellasco, Hermes Lima,
Rubem Braga, Osório Borba, Joel Silveira, José Lins do Rego, Jader de Carvalho,
Sergio Buarque de Hollanda e Antonio Candido, Roberto Gusmão, Rogê Ferreira, Francisco Julião, João Pedro
Teixeira, Barbosa Lima Sobrinho, Osório Borba, Pelópidas da Silveira, Altino
Dantas, Remo Forli, José Joffily, Jamil Haddad, Adalgisa Nery, Saturnino Braga . Ideias que tambem foram plantas na sua
Refundação formando a Comissão Diretora Nacional: Antônio Houaiss como
presidente e como membros: Marcello Cerqueira, Roberto Amaral, Evandro Lins e
Silva, Jamil Haddad, Joel Silveira, Rubem Braga e Evaristo de Moraes Filho e
por Miguel Arraes. PSB é 40 e o S é de socialista. Que Não se rasgue o
manifesto de refundação de nosso partido.
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