PPS e PSB descartam plano de fundir partidos
A discussão para fusão com o PSB foi afastada pelo presidente estadual do PPS e deputado federal eleito, Alex Manente. A avaliação do mandatário é que as atuais possibilidades jurídicas para efetivar a transação mais atrapalhariam do que ajudariam no planejamento de inflar os quadros dos partidos, já que a ação permitiria a saída de filiados sem perda de mandatos, mas não criaria janela de transferência para entrada de parlamentares de outras siglas com manutenção de cargos eletivos.O diálogo entre os partidos ocorreu até poucos dias antes do pleito de outubro e indicava que o “casamento” ocorreria. O intervalo para concentração na campanha eleitoral, entretanto, esfriou a conversa. “Poderíamos encontrar novo elemento sem a reforma política. A fusão permite às pessoas saírem sem perder mandato, mas não conseguiríamos atrair nenhum parlamentar que tenha mandato. Não tem a chamada janela de transição. Achamos arriscado fazer a fusão, neste momento, porque não aglutinaríamos absolutamente nada”, opinou Alex.
Deputado estadual pelo PSB, Carlos Cezar concorda que o resultado jurídico complicou a tentativa de unir os partidos. Porém, o socialista alimenta expectativas de que, em futuro próximo, o plano possa ser concluído. “Esse é um debate que havia lá atrás, mas acabou perdendo a força”, admitiu o parlamentar.
O diálogo foi costurado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, quando disputava a eleição para presidente da República. O nome do partido proveniente da união dos dois tendia a ser Partido Socialista Brasileiro ou PS40. A intenção do ex-presidenciável era consolidar o partido como terceira via para tentar fugir da polarização entre PT e PSDB. A corrida pelo Palácio do Planalto é dominada por petistas e tucanos há 20 anos.
A solução tomada pelos partidos foi a formação de bloco institucional em nível nacional, nos Estados e municípios, composto pelas duas siglas mais o PV e o PR – tem também conversa avançada para incluir o Solidariedade. Os republicanos, entretanto, se mantêm na base da presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília. A união, de acordo com Alex, formará a terceira maior bancada no Congresso, chegando a 74 deputados federais.
A ala terá regras próprias e está sendo construída para funcionar como se fosse um único partido. A união entre as siglas será obrigatória em todas as instâncias. Os políticos, entretanto, projetam repartir as decisões para evitar rachas e divergências. Os rumos serão decididos de baixo para cima. Se não houver unidade nos municípios, a discussão será levada para os Estados e, se em 48 horas não houveram veredicto, o caso chega a executiva nacional que dará o posicionamento final. “Ou seja, sairemos sempre unificados”, considerou Alex.
TENTATIVAS
O PPS tenta, desde 2006, se fundir a outras siglas para ampliar sua representatividade, mas ainda não conseguiu consumar o ato. Os popular-socialistas vislumbraram a criação do MD (Movimento Democrático), que incluiria PHS e PMN, diálogo que naufragou.
FONTE: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1079308/pps-e-psb-descartam-plano-de-fundir-partidos?referencia=minuto-a-minuto-topo
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