2.12.14

PPS e PSB descartam plano de fundir partidos

A discussão para fusão com o PSB foi afastada pelo presidente estadual do PPS e deputado federal eleito, Alex Manente. A avaliação do mandatário é que as atuais possibilidades jurídicas para efetivar a transação mais atrapalhariam do que ajudariam no planejamento de inflar os quadros dos partidos, já que a ação permitiria a saída de filiados sem perda de mandatos, mas não criaria janela de transferência para entrada de parlamentares de outras siglas com manutenção de cargos eletivos.

O diálogo entre os partidos ocorreu até poucos dias antes do pleito de outubro e indicava que o “casamento” ocorreria. O intervalo para concentração na campanha eleitoral, entretanto, esfriou a conversa. “Poderíamos encontrar novo elemento sem a reforma política. A fusão permite às pessoas saírem sem perder mandato, mas não conseguiríamos atrair nenhum parlamentar que tenha mandato. Não tem a chamada janela de transição. Achamos arriscado fazer a fusão, neste momento, porque não aglutinaríamos absolutamente nada”, opinou Alex.

Deputado estadual pelo PSB, Carlos Cezar concorda que o resultado jurídico complicou a tentativa de unir os partidos. Porém, o socialista alimenta expectativas de que, em futuro próximo, o plano possa ser concluído. “Esse é um debate que havia lá atrás, mas acabou perdendo a força”, admitiu o parlamentar.

O diálogo foi costurado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, quando disputava a eleição para presidente da República. O nome do partido proveniente da união dos dois tendia a ser Partido Socialista Brasileiro ou PS40. A intenção do ex-presidenciável era consolidar o partido como terceira via para tentar fugir da polarização entre PT e PSDB. A corrida pelo Palácio do Planalto é dominada por petistas e tucanos há 20 anos.

A solução tomada pelos partidos foi a formação de bloco institucional em nível nacional, nos Estados e municípios, composto pelas duas siglas mais o PV e o PR – tem também conversa avançada para incluir o Solidariedade. Os republicanos, entretanto, se mantêm na base da presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília. A união, de acordo com Alex, formará a terceira maior bancada no Congresso, chegando a 74 deputados federais.

A ala terá regras próprias e está sendo construída para funcionar como se fosse um único partido. A união entre as siglas será obrigatória em todas as instâncias. Os políticos, entretanto, projetam repartir as decisões para evitar rachas e divergências. Os rumos serão decididos de baixo para cima. Se não houver unidade nos municípios, a discussão será levada para os Estados e, se em 48 horas não houveram veredicto, o caso chega a executiva nacional que dará o posicionamento final. “Ou seja, sairemos sempre unificados”, considerou Alex.

TENTATIVAS

O PPS tenta, desde 2006, se fundir a outras siglas para ampliar sua representatividade, mas ainda não conseguiu consumar o ato. Os popular-socialistas vislumbraram a criação do MD (Movimento Democrático), que incluiria PHS e PMN, diálogo que naufragou.

FONTE: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1079308/pps-e-psb-descartam-plano-de-fundir-partidos?referencia=minuto-a-minuto-topo

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